16 de junho de 2008

Materia do G1: Roteador desprotegido cria rede de 'internet sem fio grátis' em São Paulo

O custo relativamente baixo, a facilidade de instalação das redes de compartilhamento de internet via tecnologia sem fio (Wi-Fi) e a falta de conhecimento dos usuários sobre segurança de rede criou, em algumas regiões de São Paulo, áreas onde é possível encontrar pontos de acesso liberados à web. Especialistas em direito, no entanto, alertam que o uso de redes privadas sem autorização pode, eventualmente, ser considerado crime.

O G1 foi às ruas de São Paulo com a missão de descobrir se as conexões sem fio da cidade estão protegidas contra invasões.

Durante o percurso de 31 km pelas zonas Oeste, Sul e Centro da cidade, iniciado às 11h30 da última sexta (13), foram identificados cerca de 6.400 pontos de acesso Wi-Fi. Destes, mais de mil eram abertas, completamente vulneráveis a usuários externos e hackers.

Em locais como as avenidas Rebouças, Paulista, 23 de Maio, Luis Carlos Berrini e Bandeirantes, por exemplo, é possível achar pontos de acesso em qualquer área.

Crime

No Brasil, ainda não há uma lei específica para tratar o uso não-autorizado de sinais de Wi-Fi. E, segundo a advogada Patricia Peck, especializada em direito digital, por analogia, o uso das redes pode ser tratado como furto de sinal, como já acontece quando alguém faz um 'gato' para ter acesso ao sinal de TV, telefone ou energia elétrica.

"Se entendermos que com esse acesso indevido à rede sem fio aberta o usuário estiver tirando do verdadeiro dono algo que tenha algum valor, pode se enquadrar no crime de furto", afirma o também advogado Renato Opice Blum. "Mas esse valor tem de ser mensurado. Talvez economicamente esse valor seja muito pequeno e acabe sendo concluído que não há motivo para penalizar a pessoa por algo tão irrelevante", explica.

Teste

Para o teste do G1, foi utilizado um notebook com conexão Wi-Fi e o software de monitoramento de redes Network Stumble, que capta sinais das conexões e armazena as informações em uma lista.

A reportagem circulou de carro por algumas das principais vias de São Paulo para coletar as informações, atividade conhecida no exterior como “war driving”. “É a situação prática. É como se eu estivesse com um computador na rua e procurasse uma conexão para usar”, diz Diogo Superbi, engenheiro de vendas da Linksys.

O índice mais alto de conexões abertas identificadas pelo G1 foi na Rua Peixoto Gomide, em que 36 dos 175 pontos não estavam protegidos. A maioria das conexões protegidas, porém, estava codificada pela criptografia WEP, considerada pelos especialistas mais vulnerável que a WPA ou a WPA-2.

Segurança

Mesmo com a rede protegida, o usuário deve prestar atenção para não revelar detalhes particulares na configuração.

Superbi sugere que o nomes das redes não tenham dados como nome e número de apartamento, por exemplo. No caso de estabelecimentos comerciais, no entanto, a recomendação é outra. “Se eu vejo uma rede aberta com o nome de um café, posso decidir parar ali para usar a conexão”, explica, citando o apelo comercial que os estabelecimentos podem explorar.

Para Diogo, o usuário precisa se preocupar mais com a segurança de sua rede. “O mercado Wi-Fi cresceu, mas o número de usuários que sabem configurar ainda é baixo. É um público seleto”, completa.

Fonte: G1.globo.com

Hoje em dia é cada vez mais comum encontrar redes abertas, pois poucas pessoas entendem pelo menos o suficiente para saber colocar uma criptografia em suas redes, aqui mesmo no prédio onde moro, encontro sempre duas abertas. A dica é: Procure na internet tutorias explicando sobre como configurar seus roteadores para que não fiquem "abertos" ao publico. Eu mesmo já postei dicas aqui e estou a disposição para ajudar.

Abraços e Boa semana a todos!



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